domingo, 28 de março de 2010

Saúde e Higiene


Alerta Veteranos

Vem este artigo a propósito de uma pergunta do meu grande amigo
J. Adelino "onde é que treina a malta agora"
Eu continuo a ir lá sempre que não estou lesionado, mas mesmo
quando isso acontece, então passa da corrida para a caminhada,
parar nunca. Pois é lamento que muitos atletas só treinem se for
para competir esquecendo o mais importante. Eu sei que a verdade
não tem muitos amigos, mas prefiro ofender com a verdade do que
elogiar com a mentira.
A saúde é um dos mais antigos objectivos, tanto na educação física
moderna como das práticas remotas do exercício físico. Aristóteles
já recomendava o desporto como meio de formar o corpo, antes
mesmo da formação do espírito, e a medicina da antiguidade foi
pródiga em recomendações terapêuticas que prescreviam o exercício
como remédio indispensável.
O desporto tornava-se assim higiénico ou médico e ortopédico, respectivamente.
Por outro lado, à luz dos novos conhecimentos, provenientes da biologia
e da psicologia humana, a saúde já não é entendida como um simples
estado de ausência da doença. O seu conceito alargou-se para um estado
geral de bem estar e de plena disponibilidade das faculdades orgânicas
e mentais, pelo que a educação física, no espírito e na prática, teve de
conresponder a esta nova interpretação.
Não se trata de usar o exercício físico como remédio para repor o
equilíbrio perdido mas de incluí-lo num estilo de vida e numa prática
para sempre.
Atletas de competição ou simples manutenção, correndo a maratona,
campos desportivos para homens e mulheres da terceira idade, cidadãos
vulgares, regressados do trabalho, fazendo alguns quilómetros de endurânce
na via pública são o resultado, em muitos países de uma completa revisão
dos princípios da doutrina da prática desportiva.
Assim é minha intenção alertar os atletas do escalão de veteranos para
o facto de os atletas de competição em Portugal estarem em vias de extinção.
O que resta então nas diversas provas que se realizam por todo o país?
uma grande percentagem de atletas veteranos, será então que nesta idades
praticar desporto para conservar a saúde tanto física como mental, não
é já uma grande vitória?. Hoje queremos viver a velhice como uma terceira
idade válida e não como um fardo infligido aos outros. Há até quem defenda
que um fornecimento mais abundante de oxigénio aos tecidos evita o
aparecimento de células cancerosas. O medo do cancro é Universal;
mas há mais razões para temer as doenças do coração, e a obesidade.
Os homens já são 56,6 % pré - obesos e 11% obesos, nas mulheres 1/4
da população. Todos os factores de risco da nossa época são directa
ou indirectamente reduzidos pelo desporto as doenças modernas... não
podem ser controladas exclusivamente através de um diagnóstico
precoce e exigem empenho pessoal do doente para o tratamento a
longo prazo, não pode limitar-se aos medicamentos.
E uma grande vantagem da prática do atletismo (corrida) é que se pode
fazer até uma idade bastante avançada e em qualquer lado, desde que,
se faça com moderação e sempre com acompanhamento médico.
O desporto só pode ser um prazer para quem goza de boa saúde.
Perante isto faz-me uma certa confusão presenciar ainda (atletas)????
de idades, 60 - 65 - 70 - a querer um escalão para as respectivas idades!!!!
Porque pelos vistos para eles se não houver uma medalha, taça
ou 5,00 ou 10,00 € nada vale a pena.

Vale a pena pelo menos reflectir.













domingo, 21 de março de 2010

O regresso


Depois de alguns meses de afastamento, em que apostei
na minha valorização pessoal, eis que estou de volta
e logo num dia muito especial para a família do atletismo,
já que, hoje em Lisboa foi finalmente batido o recorde
mundial da Meia Maratona pelo atleta, eritreu Zerzenay
Tadese (58´23") menos 10" que o anterior recorde que
estava na posse do queniano Samuel Wanjiru desde 2007.
Como quem não aparece esquece, aqui estou eu outra vez
a chover no molhado.

O treino como um processo de aprendizagem motora

O corpo humano é um sistema cibernáutico (ciência que estuda os
mecanismos de comunicação e de controlo nas máquinas e nos seres vivos...)
altamente intrigante, e como tal pode ser comparado a um computador.
Para que o nosso organismo funcione, é necessária energia, e programas que o
activem e impeçam de operar na sua funcionalidade universal.
Enquanto que a actual geração de computadores (hardware) recebem
basicamente os seus programas de fontes externas (software)
o "computador" humano é bem mais inteligente na medida em que
se pode autoprogramar.
Os seres humanos criam o programa necessário, depois de um processo
de aprendizagem, de modo a levar a cabo uma tarefa ou várias.
A aprendizagem é em geral considerada uma adaptação de comportamento
uma mudança de circunstâncias, que resultam de um processo de informação
individual e específica.
O treino de uma aprendizagem motora é a adaptação de uma mudança de
circunstâncias, na actividade motora humana. É um processo basico de
formação de capacidades coordenativas e condicionais, baseadas no
processamento de informação, pelo sistema neuromuscular.
A carga de treino é reguladora dos estímulos externos aplicados, para
alterar uma situação interna do corpo, o termo (treino) deve ser utilizado.
O processo de treino é planeado em função das cargas.
No controlo de treino carga e exigência, são igualmente importantes.
Aos atletas e seus treinadores tendo em vista um desenvolvimento da
perfomance, devem aumentar a carga de forma progressiva. Se a sobregarga
não é progressiva, o atleta pode "estagnar", há muitas maneiras de
conseguir este objectivo.

1 - Aumentando o volume
2 - Aumentar a intensidade
3 - Especialização e qualidade
4 - Grande concentração
5 - Acelarar a recuperação

A estagnação é inimiga da evolução