domingo, 30 de maio de 2010

A Psicologia

Psicologia no Desporto
Como treinador de atletismo o meu trabalho é procurar o processo
de treino óptimo.
O processo de treino óptimo visa desenvolver as capacidades
do desempenho dos atletas para alcançar um nivel mais elevado
possível e na altura da competição deixar essa capacidades
atingirem os 100% do seu potencial. Mas...
-Porque têm alguns atletas a capacidade de fazer tudo bem e
apresentar-se ao seu melhor nível, quando necessário, enquanto
outros ficam aquém?
- Porque é que alguns atletas têm pior desempenho em finais
de competições principais do que em sessões de qualificação
ou eventos de menor importância?
- Porque é que alguns atletas são tão bons nos treinos e depois
vão contra todas as expectativas nas competições?
Estas questões mostram que o desempenho desportivo não
é apenas influenciado pelas condições físicas. Há mais qualquer coisa...
FORÇA MENTAL;
Esta provado que há grandes diferenças na área da psicologia.
Vou dar um exemplo simples. Um treinador até pode ter um atleta
com uma condição física invejável mas se tiver uma condição
mental muito fraca, estamos perante um Ferrari a ser conduzido
por um taxista.
Tive uma vez um atleta que no final de grandes treinos, tinha
sempre muitas ambições mas chegada a hora das competições
psicologicamente estava de rastos o que condicionava e de que
maneira a sua prestação desportiva.
De volta aos treinos e no final lá vinha a mesma ambição de sempre.
Um dia disse-lhe: " o teu problema é que entre ti e o sonho estas tu".
Bem sei que os atletas não são apenas máquinas.
Os metodos de treino tradicionais parecem, assim insuficientes e
desajustados. Começamos a aprender que somos seres humanos
vivos, e que há poderes psicológicos em nós que influência os
nossos desempenhos. No mundo de hoje estamos a aprender a
compreender cada vez melhor que é a nossa mente que comanda
o nosso corpo.
E quando o nosso cérebro dá uma ordem a maior parte das vezes
o corpo executa só que as vezes a ordem não vem e isso é que faz
a diferença nos atletas.
Assim começamos por compreender que o corpo e a mente trabalham
juntos e são partes de um todo. É que o desempenho atlético é o
resultado de poderes e processos internos.
É no entanto impossível analisar o desempenho do um atleta e
concluir que a sua performance foi o resultado da sua boa condição
física e boa técnica. Este modo de interpretar os resultados da
performance de um atleta não permitem a compreensão do
desempenho como um todo e tornamo-nos cegos relativamente
à fusão e coordenação de todos os processos válidos.
O trabalho de um atleta é o conjunto de ambas as forças física e
mental e, de facto, por vezes até as influências sociais têm o seu
papel. Podemos comparar o todo com a roda da nora. Metade
está dentro de água e a outra metade está fora mas só assim
é possível funcionar como um todo.
A psicologia pode ser definida como um comportamento Externo
e Interno de um ser humano. Os comportamentos externos
consistem em acções que podemos observar. Os comportamentos
internos são mais difícies de controlar e não os podemos observar
ou medir.

3 comentários:

  1. Viva Grafito,

    Depois de um olá de fugida hoje de manhã, aproveito este veículo para lhe dar os parabéns por mais uma excelente Milha de Sacavém.

    NS

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  2. Olá amigo Gravito, como sempre uma boa lição.
    No Vídeo acabei como os demais, que grande exemplo.
    Um abraço.

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  3. Anónimo disse...
    Olá Gravito, mais um tiro na mouche como tem sido habitual em todos os artigos publicados aqui no blogue bem como os ditos pessoalmente.

    É para mim um enorme prazer assimilar esta aprendizagem, ainda para mais com alguem que só fala do que sabe e que está sempre disponivel para partilhar esse mesmo conhecimento (já que nascemos sem saber e morremos sem aprender, estou sempre disponivel para ouvir e aprender)

    Nunca é tarde para aprender/tentar, podemos é nos ter atrasado um pouco, só temos de refazer os Nossos objectivos, mas tal como o tema do artigo vale sempre a pena tentar, mesmo que haja uma ou mais quedas, pois o levantar pelos Nossos próprios meios vai ser muito mais prazeiroso.

    Nós os portugueses não estamos habituados a nos levantar sozinhos, esperamos sempre que alguem nos de a mão e passe a sua pelo nosso pêlo, preferimos viver das recordacões do passado em vez de construir novas recordacões para o futuro, é a tal conversa do eu fiz...

    Uma das razões do meu regresso ao atletismo foi o de um dia mais tarde incentivar a minha filhota à pratica do desporto, e achei que so o praticando lhe poderia mostrar a alegria, o prazer e o bem estar que nos proporciona, caso contrário poderia ouvir: se o desporto é isso tudo de bom, porque não o fazes...

    Uma ultima palavra:

    OBRIGADO

    Armando Monteiro

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